Estou passando por um processo denominado fenômeno
antagônico.
Você sabe o que é um fenômeno antagônico?
Não sabe claro que não sabe; agora, manda cantar um versinho
carnavalesco, não tem dúvidas, tira de letra.
Fenômeno antagônico nada mais é do que o mundo que me rodeia
ser adverso ao meu comportamento.
Quem me conhece sabe perfeitamente que tenho cara de poucos
amigos, não sou social, não gosto de aglomerações, não tenho celular, não tenho
carro e não sou, graças ao bom Deus, materialista, bem como, não gosto de
mostra as canjicas, cheias de dentes, obturações e cáries.
- Você é um babacão!
-Jaca! Meu caro jaca! Quantas vezes aconselhei-o entrar na
escola da vida, todavia, a sua resposta sempre foi não.
Você não pode ir direto ao ponto, não pode ser taxativo,
pois, dentro deste princípio não conseguirá nada, absolutamente, nada.
Ao invés de ser um babacão, colocação que não aceito;
todavia, se você usasse da política, ou seja, falasse: Você é um tremendo
babacão, aí sim, teria um aceite positivo de minha parte.
Uma pitadinha da escola da vida, por exemplo: chegaram
visitas para você, se na hora do café, você colocasse para cada uma, um prato de
grama! É claro que os mesmos, além de ficarem ofendidos, dariam o troco, ou
quebravam o seu nariz, ou riscariam você do rol da amizade.
Com a formação da escola da vida, eis a maneira de oferecer
gramas para os mesmos: Apanhar o prato de grama, colocar num liquidificador, e
deixar mexer até virar uma pasta. Na segunda etapa, preparar uma massa para uma
torta deliciosa. Junto com a massa da torta, ou seja, além dos ingredientes que
a mesma requer misturar a pasta de grama. Após ir ao forno, preparar um recheio
bem gostoso, com morango, abacaxi, etc., enfeitar o referido bolo, com uma
cobertura das melhores.
Pronto, tá feito à torta, colocar na mesa e deixar a visita
saboreá-la.
Resultado: Após comer algumas fatias da torta, você será
coberto de elogios.
Notou a diferença de oferecer grama para uma pessoa.
Trata-se de um exemplo figurativo, nada mais, use a massa
cinzenta para entender.
Visita médica: Primeiramente enfrentar a fila do postinho,
ou melhor, querem que chame de “US”, a saber, Unidade de Saúde.
Cheguei à fila às 6 horas da matina, com uma agravante, a
fila e formada numa rampa bem acentuada. Numa rampa não tem como você ficar
numa posição confortável, você é obrigado desbundar, ou seja, firma o corpo com
uma perna, porém, a outra fica suspensa no ar, e quando você vai firmá-la, não
tem outro jeito, você desbunda,
Quem olha de longe, parece uma fila de aleijados.
O interessante é que nesta US, tem uma imensa sala, cheia de
cadeiras, então, porquê não abrir a porta às 6 horas da matina, colocar as
senhas em cima de uma mesa, separando o que é consulta médica do laboratório?
Às pessoas ficariam confortadas e na ordem de chamada, pois, cada um tem a
senha na mão por ordem de chegada. É questão de bom censo, ou falta de
consideração com o povão, infelizmente.
Sete horas da matina, abre-se a porta, e a senha é
distribuída por uma funcionária, com uma educação eficaz (?).
Somos conduzidos a uma sala, prontos para esperar a chamada
do médico ou médica.
Abre-se a porta da sala do médico, um magrelo, parecendo de
origem alemã e chamou pelo meu nome. Entrei e o médico perguntou-me: Qual o
problema,
Doutor! Problemas e muitos problemas.
- Joga logo para fora.
- Dor na boca, lado esquerdo, a famigerada gota, dor de
barriga com arrepios nos pelos, tonturas , desanimado e cataratas.
O magrelo deslizava os dedos no teclado, que dava gosto de
ver.
- Quando sente tontura?
- Quando levanto, ou quando olho para cima e para baixo.
- Algo mais, no que tange a tontura?
- Sim, quando olho o meu saldo bancário.
- Recheado?
- Não posso me queixar, pois, tenho no banco San,,,,,,,,,R$
1,60; no It......... R$ 23,50, e nas Notas Paraná R$ 0,88.
- Você, meu caro amigo, está ferrado no corpo e no bolso.
- E o médico deslizava os dedos no teclado.
- Doutor! O senhor está fazendo um blog de minha vida?
- Blog? Um livro de 140 folhas, no mínimo.
- Lembrei-me de mais um problema.
- Fala.
- Tomo o café da manhã, num caneco de 250 ml, cuja
repetição, dá-se duas vezes.
Só que até uns dias atrás, a borda do caneco batia na base
de meu queixo, agora, bate na base de meu nariz! Sacou?
- Fácil de diagnosticar, muito fácil, esse fenômeno,
chama-se nanismo, ou melhor, você está ficando cada vez mais nanico; nesse
ritmo de nanismo, mais uns anos, você conseguirá pular dentro do caneco, e
sobrará espaço.
- Eu sou nanico e o senhor é um tremendo filé de borboleta.
- Nani! Eis às receitas; Alguns produtos apanha aqui, na US,
e os demais tem que comprar. Procure uma farmácia de expansão, pois a
quantidade de remédios é bastante considerável.
- Esta outra relação, são os exames que você terá que
fazê-los; vamos ver se sobra alguma coisa boa do seu corpo.
- Na despedida o médico falou: Chame Berenice.
- O senhor quer ser chamado de Berenice?
- Não Mané, para você chamar a próxima vítima!
- Ao abrir a porta lasquei: Berenice!
Um cara saltou da cadeira e falou: é a minha vez seu
Zezinho, nada de Berenice.
- Cidadão alterado! Estou sendo, apenas, portador do filé de
borboleta, não tenho nada com o peixe, agora, se o senhor se chama Berenice,
pode entrar e me mandei.
Fui para as atendentes, a fim de marcar meus exames. E logo mostrei
a requisição, ou seja, um livro e carteirinha da “US”, cujo emitente da mesma
fez uma observação: sem esta carteirinha o senhor não conseguirá nada aqui na
US.
Junto com a requisição entreguei a famosa carteirinha, tendo
como resposta: Nada feito, preciso de um documento com fotografia!!!!
Ignorou a referida carteirinha, é mole!
Após inteirasse da requisição, olhou para sua colega do lado
e lascou: Veja o que o médico solicitou deste cara!
A colega da mesma fez um biquinho e piscou para a referida
atendente.
Captei na hora e revelei os olhares das mesmas, ou seja: O
bicho tá morto.
Já de posse da autorização para os exames, fui para a farmácia,
para apanha dos produtos fornecidos pela US.
Educação de primeira qualidade; a mesma olhou para mim e
disse: Da próxima vez traga uma sacola para retirar os remédios, caso contrário
nada feito. Esta sacola que estou lhe dando é de minha propriedade.
Na segunda feira PV, estou de consulta marcada com o oftalmologista,
saber se estou apto para operar as famigeradas cataratas.
Detesto consultas médicas, não me sinto bem em tal ambiente.
Já estou nervoso desde hoje, sábado.
Vamos ver o que vai resultar.
Abraços do
Catarina Paranaense.
PS. Deus dá força ao cansado, e multiplica o poder ao que
não tem nenhum vigor.
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