sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

"O JARDINEIRO POLIVALENTE.""

Queimei o meu aparador de grama “Trapp”, pois o usei até o PR,ponto de ruptura, quando deveria usá-lo até o PT, ponto de trabalho. Fiquei com a CT, ou seja, cara de tacho.
Aí chegou na minha loja, um senhor, com chapéu de abas largas,botas,celular e tudo de direito, e perguntou-me:tem refil para máquina de cortar grama?Respondi, não tenho, não senhor, tudo por culpa de meu fornecedor,haja vista, que encomendei 5 rolos, com promessa de entrega,mas.....entregou outros produtos que fiz para completar o pedido, no que tange ao valor mínimo,deixando de me entregar o produto principal, o refil.
Aproveitei a oportunidade para perguntar-lhe: o senhor é jardineiro? O mesmo respondeu: há muito tempo compro refil nesta loja, agora o senhor pergunta se sou jardineiro? Claro que sou.
Retruquei: diversos clientes compram o dito produto, mas nem todos são jardineiros; você conhece aquela velha frase: to jardineiro, mas não sou jardineiro.
Outra pergunta: o senhor tem interesse de cortar a grama de meu terreno?Retrucou, vamos dar uma olhada; olhada daqui, olhada dalí, um rápido reconhecimento ; aí vem o papo do preço.Chegamos num consenso.
Indaguei a possibilidade de cortar a grama no dia seguinte. Eis a resposta: sou um homem de palavra,consultarei a minha agenda,caso haja impossibilidade, passarei por aqui para as devidas justificativas,caso contrário, estarei amanhã, com o maquinário, para iniciar a operação corta grama.
No dia seguinte,9 horas, o jardineiro apareceu na porta de minha loja,dando boa tarde,justificando-se que não veio antes,achando que eu estaria dormindo.Informei-o que às 6 horas da matina, já me encontrava na rua, praticando a minha caminhada tradicional.
Acompanhei-o até os fundos da casa e falei: fique a vontade, O mesmo respondeu,não ficarei tanto a vontade,pois, o meu tempo é precioso e preciso trabalhar.
Mais uma observação do jardineiro: o senhor quer o corte de que maneira? Respondi,baixo,muito baixo, quase na terra. O jardineiro deu um pulo e lascou:sou cortador de grama, não arrancador da mesma.
Respondi: mudarei a minha colocação,quero o gramado baixo, o máximo possível,agora o jardineiro é o senhor,portanto,use os seus conhecimentos dentro do solicitado.
Mais uma tiragem do jardineiro: farei uma amostragem no solo para sua observação e aprovação ou não. Jardineiro cheio de bossa e classe.
Mão na massa, muito trabalho, finalização e conceito nota 10.
Nos finalmente, perguntei: se o mesmo opera em outras funções? Resposta: sou polivalente,trarei meu cartão de visita,assim, o senhor ficará ciente de tudo o que sei fazer. O homem é fora de sério.
Desembrulhou uma bala e perguntou-me a indicação do lixo.Lascou a justificativa de jogar o papel no lixo.Certa vez, peguei um assoalho para lixar, o homem também é lixador, e a certa altura desembrulhei uma bala, jogando o papel no chão; a proprietária chamou-me atenção  no sentido de não jogar o mesmo no chão.Falei: minha senhora, o assoalho será limpo no momento certo,portanto, não me venha com seus sermões. Solicitei um tempo para a madame,apanhei a minha condução,recolhi a lixadeira.A dita senhora vendo aquela manobra,indagou-me: o que é que o senhor está fazendo? Ainda não terminou o serviço? Respondi:vá atrás de um lixador que não chupe bala, tchau.
Fiz o devido pagamento ao polivalente, o mesmo agradeceu, apanhou a sua magrela,bicicleta, e se mandou.
Fica aqui uma observação, caso você necessita de um jardineiro,indico o polivalente, o homem do chapéu de abas largas e botas, porém, com uma ressalva: caso o mesmo desembrulhe uma bala, não recomendo chamar atenção do mesmo, na eventualidade de jogar o papel no chão,caso contrário surgirão problemas à vista.
O quê? Você também chupa bala? O problema não está na bala, e sim, no embrulho da bala.         

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