domingo, 23 de novembro de 2025

CONTINUAÇÃO DO BLOG ANTERIOR

 Prometi no blog anterior que da próxima vez, ao invés de tomar um envelope de sal amargo, cujo resultado foi um vergonhoso traque ou um pic, tomaria dois  envelopes de sal amargo.
Dito e feito cumprir a promessa, pois às 5 da matina, levantei, apanhei um copo de água e dois envelopes de sal amargo, misturei e pimba, para dentro, sem sombras de dúvidas.
Voltei a deitar, porém, após duas horas, deu-se o sinal, corri para o boca larga, e por minha surpresa, saiu um tiro tão forte, que por alguns segundos levitei, sim, levitei, coisa de louco.
Preocupado com o boca larga, gritei! BL! BL! BL! Tudo bem?
Porém, o BL não respondeu, e o intestino, lá de dentro, não adianta chamar, o dito cujo desmaiou.
Fiquei deverás preocupado.
- O coração falou: Cheguei ao batimento de 200 por minuto, uma barbaridade
- Os pulmões, um olhou para o outro e gritou: Que paulada!
- O fígado amarelou, sim, amarelou todinho.
- O estomago falou: Recebi e mandei para frente, não sou bobo.
- Os rins falaram: Filtrei rapidamente e mandei para o intestino, o artilheiro.
- O intestino, artilheiro como de sempre, soltou a bomba.
Um reboliço total e absoluto.
Na saída de WC encontrei a minha mulher assustada e falou para mim: Apanha uma escada e verifique se a estaca da telha não partiu, pois o estouro foi grande,
- Você não ouviu?
- Eu não!
- Você está cada vez mais surdo.
Já fora da casa, observei os vizinhos na sacada, olhando para o céu assustado, coisa de louco.
Preocupado com o BL, voltei ao WC e chamei novamente: BL! BL!
- Fala chefia;
-Você está bem?
- Sim estou, tive um sonho, sonhei que eu (BL) estava numa guerra e levei um tiro de canhão, é mole?
- Menos mal, menos mal, BL.
O quê foi? Novamente com a canjica aberta, cheia de dentes, algum problema?
Larga do meu pé jacaré.
Abraços do
Senhor Vanico
O Catarina Paranaense
PS = Não poderá ser mestre quem nunca foi discípulo.


quinta-feira, 13 de novembro de 2025

UM PURGANTINHO DE SAL AMARGO

 Amanheci avermelhado, estufado, bufando, engasgado e entupido, entenderam?
Fiquei deveras preocupado, no entanto, pensei logo em meus pais, avós e os antigos, os quais tinham o hábito de falar que um purgantinho de sal amargo resolveria tudo, limpa o cara por dentro, despejando muito a vontade e deixa-o leve e suave.
Não pensei duas vezes, já na farmácia falei: Quero dois envelopes de sal amargo, OK?
- Dois envelopes? Que idade o senhor tem?
- 83 aninhos, algum problema com a minha idade?
- Não, não em absoluto, apenas quero informar-lhe que o senhor deverá tomar uma colher bem cheia de sopa, nada mais.
- E seu eu tomar mais, por exemplo, uma concha de sopa?
- O senhor vai se desintegrar, sumir do mapa.
- Compra efetuada, já em casa, a primeira coisa foi avisar a galera, amanhã pela matina tomarei um purgantinho de sal amargo, para o bem de todos, ok?
Fui diretamente para o water closet dialogar com o boca larga, mais conhecido como BL,
BL! Amanhã tomarei um purgantinho de sal margo, tudo bem?
- Tudo bem, mais  conhecido como tiro de canhão. Vou reforçar a parede do vaso para não decolar com um babaca em cima de mim.
- No dia seguinte, 6 da matina, apanhei o envelope, ignorando a colher de sopa, e tomei todo o envelope, num delicioso copo com água.
O sal desceu como se fosse bacalhau no azeite.
Fui deitar, logo após levantei e fui efetuar minhas tarefas diárias, como de costume.
Lá pelas 11 da matina, a minha mulher perguntou-me:
- Você tomou o sal amargo?
- Realmente tomei, porém, até agora nada, absolutamente nada.
- Ela respondeu: Estranho?
Não demorou muito tempo, eis o sinal, eis o sinal, corri para o boca larga e soltei o ato sublime, porém, ao invés de um tiro de canhão, ouviu-se apenas pic, pic e pic.
- O boca larga gritou, chefia! O que houve? A noite toda de prontidão, com reforços nas laterais do vaso e você vem com um traque sem graça?
- Para quem não sabe traque é aquela bombinha que a criançada solta em festas juninas, uma bombinha muita fraca.
- Eu mesmo fiquei decepcionado, esperando um tranco estrondoso, sai um pic,pic e pic.
Não pensei nada, absolutamente nada, porém, pensei: da próxima vez tomarei dois envelopes e farei o maior estrondo que o mundo já ouviu, além de decolar com vaso e tudo.
Ficarei voando entre as nuvens para o bem e curiosidade de todos.
O quê foi? Novamente com as canjicas abertas, cheias de dentes? larga do meu pé jacaré.
Abraços do
Catarina Paranaense

PS- pic, pic e pic.